sexta-feira, 8 de maio de 2009

A escultura original




Bem, bem… o trabalho da aula de português de hoje foi ir visitar a Galeria e tomar notas para depois dar a minha opinião sobre a exposição «Os Bonecos» de Nesbitt. 
Quando cheguei à linda sala branquinha e tão longa como se fosse o pescoço duma girafa, fiquei um bocado perplexo.
Nas paredes laterais, havia 6 quadros, 3 em cada lado. As imagens pareceram-me ser representações de humanos. Os desenhos tinham as formas de mulheres, mas dois… bem…, não posso dizer que tinham ar de … ou de… enfim, vou escrever que representam seres andróginos! 
No fundo da comprida sala, tinha o mini palco, muito baixinho, com esculturas, de cores vivas, chamando à atenção o azul e o laranja, elaboradas com vários objectos tais como alguidares, funis, cones, (daqueles laranjas com riscas brancas que se usam nas obras para desviar os automóveis) caixas e caixotes em plástico.
Admito, e não vou negar, quando cheguei, só vi maquetas com “duas bolinhas/cones” no “peito” das maquetas e eu pensei “beeem... Esta escola passou-se, só pode! Pensei: finalmente a Arte virou “uma arte pervertida…” e tinha muitas outras palavras a bailar na minha mente brilhante, (hoje estou nos meus dias em que pareço o dicionário, mas isso também não é importante para o trabalho de português…)
Mas, vendo com mais atenção, analisando peça a peça, achei muito original a ideia de usar e de fazer a ligação de objectos tão banais do nosso quotidiano e transformá-los em curiosas e originais obras artísticas.
Nunca tinha visto nada parecido, nem em revistas de Arte. Esculturas com formas de mulher, vacas com chifres em forma de cabide e  seios compostos por funis, a cara do cavalo-marinho feita com um cone e as patas com uma espécie de tabela de plástico. Engenhoso, na verdade!

Li o texto do catálogo, voltei a apreciar a exposição.
Acabei por me aperceber que Nesbitt era um homem que tinha um enorme interesse pela mecânica e pela tecnologia e exprime o seu sentir antropomorfizando ironicamente os seus bonecos.




  




1 comentário:

M. Domínguez Senra disse...

Joâo, entre tu texto y la diapositiva me hago una completa idea de lo que nos señala Nesbitt, aunque no lo conocía. Además de su antropo***ción (imposible para mí escribir una palabra tan larga), me gusta la propuesta de ver los objetos como compañeros nuestros en el mundo.
Preciosa fotografía, es como una familia.